sábado, 23 de abril de 2011

Fim

                         

                                                                    FIM!

Essa história deu no que tinha que dar.... Simples assim, como acaba qualquer história de amor, e de amantes e de uma amante. Ele me xingou, disse-me horrores. Fique imóvel ao telefone,  e eu chorava como se o mundo, naquele momento me faltasse.Depois de tantos fins, a gente se acostuma, e não reconhece que o momento é derradeiro. O que dói, não são as feridas que ainda nem cicatrizaram, de anos, acumuladas jogadas ao pó a minha mais ínfima existência. Traições e casos, quantos não suportei quieta e calada. Não sei me amar nunca aprendi. Esses anos todos quis amar alguém mais importante que eu. Você. Seu copo de Wiskhy suas velhas roupas sujas e fins de casos amorosos com mulheres quaisquer. Preferi te amar e me esquecer de tanto lembrar você e  de sua família.Queria xodó, queria colo e carinho, mais que tudo, o seu respeito. Esse, nunca veio de você prá mim. Só os restos de alguém. Os restos dela. Tudo bem, eu sei. Eu quis assim. Me humilhar, ser ultrajada por você. Coisa tão comum. As estrelas não faziam mais parte dessa história. Da minha com você.
Mas, nunca tive o seu respeito, porque quem fica de quatro prá você não merece dignidade, não merece um fim melhor que esse. Amigo, nunca foi meu, mas sim das outras, das menores, das escravas do seu bel prazer.

Eu me ajoelhei por você tantas vezes.E, hoje fui a vagabunda premiada, a deletora, sem ter direito á qualquer ato. Me falta o ar, choro e não consigo respirar. Que é isso prá quem ama demais?Fala prá ela. Sou uma perdedora.  Ela te fez tanto mal. E quem tá pagando suada sou eu. Meretriz? Aprendiz? louca? Diz prá ela. Admito. Não tenho forças para suportar mais a outra. Você não vai embora. Fica em mim se desfazendo e de tanto me humilhar, eu gosto.Gosto do seu sorriso pungente e dor ar de cafajeste, afinal você sabe ser um. Me seduz. Fica sempre em cima de mim. Precisa manter o controle.  E eu gosto cada vez mais... Do gosto amargo que você tem.O resto do vinho ainda está aqui. Não tenho vontade de sair da cama. Seu cheiro não me deixa.  Na cama valia tudo. As horas, os telefonemas já não são mais os mesmos, Virei lugar comum.Não fico mais á vontade na minha casa. Tem você demais aqui. Chegou ao fim. Essa agonia que me cala, me traça e me faz sua refém.
Não sou uma vagabunda, fui a sua, somente sua.

Mulheres que correm com os lobos




( Trecho do Livro " Mulheres que correm com os lobos" – Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem).Clarissa Pinkola Estes http://www.americanas.com.br/produto/158060/livros/psicologia/psicanalise/livro-mulheres-que-correm-com-os-lobos




"  ...
 
  Tudo que esta vivo precisa morrer para então renascer. Acho que cheguei a este ponto, o ponto de que para continuar vivendo eu preciso morrer. Morrer e escolher o que deve continuar morto, podendo assim renascer e escolher os próximos passos. Mas se deixar morrer não é assim tão simples, porque para isto preciso olhar para dentro de mim e encarar tudo que não gosto, tudo aquilo que me faz mal, toda aquela coisa cotidiana que no fundo eu uso para justificar o meu “não fazer”. Eu preciso achar a minha verdade.

Cheguei aquele ponto que não posso mais fingir que a porta não esta diante do meu nariz, o anseio de me libertar é maior, então eu preciso abri-la, preciso deixar de lado toda a ingenuidade que eu finjo não ter, toda imaturidade e preciso atravessar a e ver que não podemos maquiar as coisas para que nos pareçam menos terríveis e mais ajustadas.
Pode ser que não existam respostas corretas, mas com certeza existem as perguntas certas! E esta é aquela que se faz impossível não ver a realidade da vida (da sua) escancarada. O que eu sei de mim que preferia não saber? O que tem atrás da porta? O que de mim preciso deixar morrer e o que preciso resgatar?
Como eu disse, não tenho a resposta (ainda) e isto não importa, o importante é que, enfim, eu estou a atravessar a minha porta. Posso não saber o caminho que farei, mas saber onde quero chegar já é metade do caminho.

É impossível esperar que alguém me compreenda sem antes eu me compreender. Sinto que vai ser uma viagem e tanto!"