sábado, 30 de abril de 2011

Pérolas

Eu sempre fui apaixonada por pérolas, desde pequena. Sempre fui fascinada por essa bolinha linda, cheia de nuances, cores e tons. E acho que não existe no mundo uma jóia que deixe uma mulher mais feminina, mais elegante, que as pérolas.
Tenho poucas, mas tenho. É muito curisoso saber que a natureza é responsável por uma criação tão maravilhosa. Como pode ser tão pura, tão perfeita? Me rendo ás pérolas! Sempre!



PÉROLAS DA TIFFANY:


SÍMBOLO DE ELEGÂNCIA





A pérola é uma jóia naturalmente perfeita, que não requer lapidação ou polimento. Nenhuma outra gema tem uma história de mistério e romance como as pérolas. Em 3500 A.C., no Oriente Médio e na Ásia, elas já eram valorizadas como símbolos de pureza e de charme feminino. Na tradição japonesa, as pérolas sempre foram usadas para confortar o coração e acreditava-se, até, no seu poder medicinal, como o de parar os efeitos de um veneno mortal. Na Europa do século 19, as pérolas eram as favoritas da realeza, que as valorizavam mais que qualquer outra gema. E as mulheres americanas também se enamoraram pelo esplendor das pérolas.



Desde sua fundação, em 1837, a Tiffany & Co. é internacionalmente reconhecida por vender pérolas da mais alta qualidade. O fundador Charles Lewis Tiffany incumbiu o mais famoso gemólogo da Tiffany, George Frederic Kunz, de adquirir as mais exuberantes pérolas para a seleta clientela da loja. Em 1908, Kunz escreveu o livro "The book of Pearls", que ainda hoje é lembrado como uma referência sobre o tema. Ele era expert em gemas, e sua paixão pelas pedras americanas levou a Tiffany a incorporá-las à joalheria. Ele descobriu turmalinas de alta qualidade no Maine, safiras em Montana, e topázios e granadas em Utah. Através de sua associação com a Comissão de Pesca, Kunz obtinha valiosas informações sobre a variedade e características das pérolas de água doce norte-americanas.



A descoberta de fontes americanas de pérolas contribuiu para a popularidade da gema orgânica na joalheria. Em 1857, uma espetacular pérola de água doce foi descoberta nas águas perto de Paterson, Nova Jersey. A pérola pesava aproximadamente um quarto de onça (cerca de 7 gramas) e foi comprada por Charles L. Tiffany, que a vendeu - através da Tiffany de Paris - para a Imperatriz Eugénie, da França. Devido a sua proprietária real, a pérola ficou conhecida como a "The Tiffany Queen Pearl".



Entre outras pérolas famosas da Tiffany, estão o bracelete, brincos, colar e broche dados pelo Presidente Abraham Lincoln para sua esposa, Mary Todd Lincoln, por ocasião de sua posse. O conjunto de pérolas se encontra hoje na Biblioteca do Congresso em Washington, D.C.



As pérolas tiveram um importante papel no reconhecimento sem precendentes que a Tiffany recebeu nas maiores feiras mundiais durante o século 19 e começo do século 20. Estes grandes eventos mostraram o trabalho de Paulding Farnham (1859-1927), designer chefe da Tiffany, cujas criações receberam mais honras que qualquer outro designer de jóias da sua época.



Farnham demonstrou seu excepcional talento ao misturar pedras e pérolas coloridas, inspirado por uma gama de influências, da flora aos padrões dos nativos americanos, até o Orientalismo. A medalha de ouro da Tiffany, obtida na Exposição de Paris de 1889, incluiu o broche Hupa, de Farnham, feito com pérolas do Rio Miami, em Ohio, e inspirado na arte da cestaria dos índios do Alaska; o broche Florida Palm com pérolas rosas, diamantes e uma safira de Montana; os broches aranha finamente detalhados com pérolas e diamante.





Por muito tempo na história da Tiffany, os colares de pérolas eram as jóias mais valiosas das coleções da empresa. Em 1893, na Feira Mundial Colombiana, em Chicago, a Tiffany expôs um magnífico colar de uma volta com 38 pérolas naturais que teve oferta de US$ 200 mil – duas vezes o preço do Diamante Tiffany que valia US$ 100 mil. No final do século 19, a Tiffany estava vendendo uma profusão de voltas de pérolas, que iam até a cintura, para as mulheres "fashion" da América. Um colar Tiffany montado para uma socialite de Nova Iorque, Senhora George Gould, foi avaliado em mais de um milhão de dólares.




As jóias da Tiffany ganharam de novo a medalha de ouro na Exposição Pan-Americana de 1901, em Buffalo. Entre as criações da Farnham, destacaram-se um pendente de ouro com estilo ítalo-renascentista ornado com grandes pérolas americanas, esmeraldas, rubis e diamantes; e um broche com estilo das Índias Orientais.



No início do século 20, George Kunz descobriu uma abundância de pérolas de água doce no vale do Rio Mississipi. De forma alongada e com variações de delicadas matizes, estas pérola "dogtooth" formaram as pétalas do broche Tiffany’s Chrysanthemum. Este design extraordinário, que brilha com as folhas de diamantes e os galhos em ouro e platina, foi apresentado em 1904 para Lillian Russell, uma estrela da Ópera.



Hoje a Tiffany incorpora muitos tipos de pérolas em seus desenhos de jóias. As clássicas pérolas cultivadas de água salgada, que vêm do molusco japonês (Akoya), podem medir de 2 mm a 10 mm de tamanho e têm uma variedade de formas e cores, incluindo o branco rosado, dourado e cinza azulado.



As pérolas de água doce são achadas nos moluscos de lagos e lagoas; moluscos estes que têm um tecido de manto suave, o que explica suas formas irregulares. As pérolas Mabé são essencialmente pérolas ‘bolhas’, que crescem agarradas ao interior da concha do molusco. Paloma Picasso, designer da Tiffany, usou os dois tipos de pérolas em seu design, obtendo um efeito que unifica a feminilidade suave das pérolas com a vibração das pedras preciosas.



As pérolas dos Mares do Sul (South Sea) são as maiores e mais raras de todas as pérolas. Cultivadas nas costas de corais da Austrália, de Myanmar (Burma), do Taiti e das Filipinas, estas magníficas pérolas podem ser brancas, negras ou douradas. As pérolas negras são comumente chamadas de "pérola do Taiti" e podem ter um tom em cinza claro ou em um arco-íris de cores. A água morna e o tamanho grande da ostra mãe fazem aumentar o crescimento da nácar produzindo pérolas grandes, que podem atingir o tamanho de uma cereja. Uma volta de brilhantes pérolas South Sea da Tiffany, perfeitamente combinadas em tamanho e cor, é um dos clássicos símbolos do luxo e bom gosto da moda.




A coleção Fireworks da Tiffany apresenta uma pérola do Taiti no centro de seu brilhante desenho pirotécnico. Estas cobiçadas pérolas também estão presentes no luxo extravagante do designer Jean Schlumberger, cujas jóias de flores, animais marinhos e pássaros exóticos, não têm comparação no mundo do design de jóias.



As pérolas da Tiffany são selecionadas manualmente pelos experts em gemologia da empresa e combinadas precisamente em tamanho e cor. Elas são reconhecidas por suas belas formas, seu brilho magnífico e espessura superior de nácar. Os fios dos colares de pérolas das peças da Tiffany são de seda pura. A peça é finalizada com o fecho "Tiffany Signature™", um elegante "X" feito de ouro 18 quilates.







sexta-feira, 29 de abril de 2011


" Tenho sentido meus pés fora do chão; Tenho voado alto alto, muito alto estes dias.
Tenho sonhado em azul com a imensidão. Tenho sentido saudades de você e
vou para longe. O vento me leva. Tenho beijado bocas, e deitando em colo.
A alegria  me alimenta quando deixo.
Tem dias que não quero. Que calo. Que deixo.
A festa, a luz me invade, os sonhos permanecem . Não quero amor.
Sou de muitas paixões."


                                                                      

( Imagens de http://elizabethmayphoto.blogspot.com/)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"...Ele chegou. Entrou , sentou e ficou me olhando, mudo. Fiz a mesma coisa.Estava deitada com meus pensamentos e levantei meio sonolenta sem saber nem mais nem porque. No som tocava Chet...meu velho amigo Chet de tantas horas, tantas bebedeiras e tantos encontros marcados por mim. Desmarcados por ele. Já foi logo,dizendo á que veio. E eu só ouvindo. Jogou a minha chave na mesa. Franzio a testa e continuou me olhando... Isso não vai continuar assim, não pode. eu não admito. Perguntei: Admiti o quê? Não entendi as palavras largadas. A chave jogada, assim como eu, deu raiva. Queria furá-lo com meus olhos e ele percebeu. Levantou-se e foi  beber água, Eu queria fugir dali logo. Queria colo e fazer algo, tomar alguma providência, mesmo que fosse divina. Foram tantas letras, insultos e mal grados, que parei. Deixei ele me falar tudo que queria. Afrouxou ás calças. ficou á vontade. Falou de música. Tocou o cachorro. Me olhou nos olhos assim como os de Betty Davis. Crucial. Minhas pernas tremeram. Meu coração acelerou. Levantei, peguei uma coca, tomei tylenol. A dor que se instalou na minha cabeça bagunçou meus pensamentos, tão soltos e tão sem proporção naquele momento. Ele veio. Pegou a minha mão e olhou nos meus olhos como se fosse me comer de uma vez...."




"...Fiquei inerte no sofá com meus pés no ar e a cabeça no chão. Não sei muito bem onde estava meu coração. Só sei que as mãos dele, alisavam minhas coxas..."




" Bem, meu bem... No que você acha que vai dar tudo isso? Eu queria saber de você onde os seus olhos irão me levar para passear essa noite, ou todas as outras. Estou solta no mundo, cheia de idéias e muito champanhe na cabeça, então meu corpo não me pertence mais. Que coisa estranha esse seu olhar, que admira minha audâcia de querer você e  não saber o que fazer. O mundo pode ser nosso. Me leve prá passear, preciso de carinho,sorrisos malíciosos, sussuros ao pé do ouvido e de um bom vinho com você."





( Textos, rabiscos e lacunas de uma vida, a minha Alê Crol 2011)



terça-feira, 26 de abril de 2011

DESLUMBRANTE....PIERRE CARDIN



Ele criou coisas fabulosas na arte.... Principalmente na Arquitetura que é o que mais me inebria. Ele está no Brasil e fica aqui a minha homenagem á este gênio da moda, arquitetura, cinema, teatro.
Seu castelo em Lacoste pertenceu ao Marquês de Sade e ainda preserva a vista do quarto do Amante insaciável.








Pierre Cardin, em Lacoste no Castelo


                                                        Busto do Marquês de Sade













Espero que vocês tenham se maravilhado como eu!
O grande mecenas da Moda
Pierre Cardin!

 

segunda-feira, 25 de abril de 2011



Quero a minha vida assim, doce, mole e divertida feito goma. Com açúcar na boca. Lambendo os beiços de alegria. Chega de sofrer, levar á vida tão á sério. Injeção no bumbum que dói, pisada no pé. Chocolate quente, derrete. O meu coração já derreteu um milhão de vezes e tá custando a aprender. O que  derrete é gelo de frio. Gente ruim. Não sonha. Padece.




Quero um mundo cor de rosa, de algodão. Sonhos sem fim. Coração vagabundo, tomba, lateja, rasteja mas não caí. Só adoece, geme feito criança com dor. Querendo colo. Ouço Bethânia... Prá que chorar? Mundo de rosas e canções de ninar.



Mundo chato esse que é azul, não é rosa. As rosas falam comigo e me perguntam quando estou triste. Quando ele vem? Te faz feliz? E você todos os dias sorri para o mundo? Ou não tem tempo, anda com pressa, come rápido a comida requentada e não dança mais valsas? Que mundo é esse que você vive? Quero rosas. Sinto o perfume, O vento no rosto. Quero poesia e tomar chuva, sentir a água correndo no meu corpo, virando luz e evaporando a alegria.

Amor cor de rosa. Da rosa. Sentimentos que enebriam, que tocam. Quero abraçar o mundo e pular feito gente grande que  esqueceu do seu tamanho. Quero fantasia. Um mundo inteiro prá brincar de faz de conta. De cor de rosa. Intensa. Mexe comigo, pisa no chão como bailarina. Dança. Atormenta, vira bicho, se mexem comigo.
Perfume no ar...

Quero bala de goma, quero alegria do meu mundo interior e diferente. Faço tudo pelo que quero, reinvidico carinho. Faço cara de brava, bico. E comemoro um beijo doce. Corro o mundo se for preciso. Quero amor. Espero por você.
Pode rodar o mundo. Eu espero você.



Tenho um mundo inteiro prá se feliz!

A receita de Casanova


O ex-padre que se tornou o mais famoso sedutor de todos os tempos foi também um gourmet requintado e minucioso cronista de sua época


Natália Rangel


Sedução



O ator Heath Ledger interpreta o conquistador italiano Giacomo Casanova no filme de Lasse Hallström que narra a vida de excessos e os grandes amores do bon-vivant



Numa noite de outono de 1793, o nobre veneziano Giacomo Casanova encheu os bolsos da calça e do sobretudo com pesos de chumbo e caminhou em direção à ponte de Westminster, em Londres - ia se matar. O homem de 38 anos, que nasceu pobre, frequentou seminário e conquistou as cortes europeias, estava falido após anos de devassidão e vida perdulária. Havia sido abandonado pela amante e temia estar infectado pela sífilis (adquirida nos bordéis de Covent Garden, na capital inglesa). Foi impedido de pular nas águas do Tâmisa por um companheiro de noitadas, o filho de um membro do Parlamento britânico, que o viu encostado à estrutura da ponte e o levou dali à taverna mais próxima.




Casanova (1725-1798) se recuperou dos problemas sentimentais e, em parte, também dos financeiros, mas não escapou ao diagnóstico da temida doença venérea. Deixou Londres e seguiu para Bruxelas, onde se submeteu a um tratamento à base de mercúrio e sangrias. A sua tristeza passou, voltou a exibir uma personalidade extravagante e vaidosa e só se deprimiu novamente nos seus últimos anos de vida - quando se isolou do mundo dos célebres e dos nobres para cuidar dos livros de uma pequena biblioteca em Dux, no interior da França.




Nessa época, redigiu as quatro mil páginas de sua conhecida autobiografia. É a partir desse material e de histórias colhidas em arquivos da Bélgica, França e Itália que o autor inglês Ian Kelly escreveu o livro "Casanova: Muito Além de um Grande Sedutor" (Editora Zahar). Trata-se de um meticuloso retrato do libertino que equilibra seus atributos de conquistador com as suas outras facetas menos conhecidas: a do padre, do gourmet, do alquimista e do cronista social.

A história é estruturada como uma ópera, dividida em cinco atos e quatro intermezzos (motivo recorrente). Entre os temas estão as viagens (ele viajou, de carruagem e a pé, 64 mil quilômetros pelos países europeus), a gastronomia, o sexo, a cabala e, naturalmente, a música. Casanova colaborou com Lorenzo Da Ponte, libretista do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, na composição da ópera "Don Giovanni". Suas anotações - que incluíam peças de teatro, enredos líricos e a tradução para o italiano de "A Ilíada", entre outros clássicos da literatura - foram encontradas em sua casa em Veneza, após a sua morte. Viajante compulsivo - por sinal, Casanova era compulsivo em quase tudo que fazia -, ele visitava com frequência as cidades de Veneza, Nápoles, Constantinopla, Paris, Amsterdã, Londres e São Petersburgo. E escrevia sobre o que via, fazia e comia nesses lugares.




É nesse sentido que o autor o descreve como um grande cronista social. Há poucos registros históricos tão detalhados da Europa dessa época como o que Casanova nos deixou. "Ele foi um importante historiador da gastronomia", escreve Kelly. E esse foi um dos últimos prazeres sensuais que lhe restaram quando começou a ter problemas de saúde. Era um expert e não diferenciava o amor pela comida do amor pelas mulheres. Usava inclusive a linguagem do amor e do sexo para descrever a comida e vice-versa: "Para os homens, fazer sexo é como comer, e comer é como fazer sexo: é nutrição...e da mesma forma como sempre existe um prazer diferente quando se experimenta diversos molhos." Sua autobiografia registra mais de 200 receitas de pratos, a indicação de pelo menos 20 diferentes vinhos de toda a Europa e muitas dezenas de iguarias e segredos perdidos da gastronomia. Em uma de suas dicas, fala sobre salpicar as massas com canela e açúcar.



Casanova não gostava da culinária britânica: sentia falta da sopa, hábito francês considerado pelos ingleses uma "extravagância parisiense insossa". Respondia que insossos eram os menus londrinos, que serviam apenas carne cozida e não se preocupavam com os acompanhamentos. "As refeições inglesas eram como a eternidade: não tinham começo nem fim."




Em suas aventuras sexuais, a comida estava sempre presente. "Comentei com ela sobre todos os pratos e achei tudo excelente: a caça, o esturjão, as trufas, as ostras e os vinhos. Só reprovei (o cozinheiro) por ter esquecido de colocar um prato com ovos cozidos, anchovas e vinagres aromáticos para que fizéssemos uma salada...Também disse que desejava laranjas amargas para dar sabor ao ponche, e que queria rum, e não arak." Essa anotação foi feita numa noite de amor com a freira M.M., descrita como "voluptuosa e bastante experiente" numa das passagens mais eróticas do livro.





"Casanova foi indagado se vira a ópera 'Don Giovanni'. Ao que ele respondeu: Se eu a assisti? Eu a vivi"



Trecho de "Casanova: Muito Além de um Grande Sedutor


Na sua forma de relacionar sexo com comida, ele chegava a excentricidades como misturar fios de cabelo de uma amante nos doces que eles iriam comer ao fazer amor. Ele descobriu um doceiro judeu que fazia confeitos cristalizados de "açúcar misturado a essências de ambergris, Angélica (tipo de licor), baunilha, alquermes e styrax". Segundo Kelly, pode ter se originado em suas noitadas a fama das ostras como afrodisíacas. O veneziano costumava dizer que não existe melhor molho para uma ostra do que a saliva da mulher amada. Os moluscos eram usados em jogos sexuais "educativos" com jovens inexperientes. "Não existe nada mais lascivo e sensual...", escreveu Casanova.



O jogo, explicava ele, consistia em passar mariscos vivos de uma boca para outra e depois comê-los sobre os seios e outras partes do corpo. Ao que o autor comenta, gaiatamente, que não deve ser tentado em restaurantes. Com seu estilo de mestre-cuca,
Casanova dá a receita para prolongar ao máximo uma relação sexual: "Uma taça de chocolate com as claras de seis ovos em uma salada preparada com óleo de Lucca e vinagre dos Quatro Ladrões."



 
 
À meu ver, seria interessante conhecer o Casanova...
Beijos e obrigada pelas visitas!
Tenham uma linda e emocionante semana!

sábado, 23 de abril de 2011

Fim

                         

                                                                    FIM!

Essa história deu no que tinha que dar.... Simples assim, como acaba qualquer história de amor, e de amantes e de uma amante. Ele me xingou, disse-me horrores. Fique imóvel ao telefone,  e eu chorava como se o mundo, naquele momento me faltasse.Depois de tantos fins, a gente se acostuma, e não reconhece que o momento é derradeiro. O que dói, não são as feridas que ainda nem cicatrizaram, de anos, acumuladas jogadas ao pó a minha mais ínfima existência. Traições e casos, quantos não suportei quieta e calada. Não sei me amar nunca aprendi. Esses anos todos quis amar alguém mais importante que eu. Você. Seu copo de Wiskhy suas velhas roupas sujas e fins de casos amorosos com mulheres quaisquer. Preferi te amar e me esquecer de tanto lembrar você e  de sua família.Queria xodó, queria colo e carinho, mais que tudo, o seu respeito. Esse, nunca veio de você prá mim. Só os restos de alguém. Os restos dela. Tudo bem, eu sei. Eu quis assim. Me humilhar, ser ultrajada por você. Coisa tão comum. As estrelas não faziam mais parte dessa história. Da minha com você.
Mas, nunca tive o seu respeito, porque quem fica de quatro prá você não merece dignidade, não merece um fim melhor que esse. Amigo, nunca foi meu, mas sim das outras, das menores, das escravas do seu bel prazer.

Eu me ajoelhei por você tantas vezes.E, hoje fui a vagabunda premiada, a deletora, sem ter direito á qualquer ato. Me falta o ar, choro e não consigo respirar. Que é isso prá quem ama demais?Fala prá ela. Sou uma perdedora.  Ela te fez tanto mal. E quem tá pagando suada sou eu. Meretriz? Aprendiz? louca? Diz prá ela. Admito. Não tenho forças para suportar mais a outra. Você não vai embora. Fica em mim se desfazendo e de tanto me humilhar, eu gosto.Gosto do seu sorriso pungente e dor ar de cafajeste, afinal você sabe ser um. Me seduz. Fica sempre em cima de mim. Precisa manter o controle.  E eu gosto cada vez mais... Do gosto amargo que você tem.O resto do vinho ainda está aqui. Não tenho vontade de sair da cama. Seu cheiro não me deixa.  Na cama valia tudo. As horas, os telefonemas já não são mais os mesmos, Virei lugar comum.Não fico mais á vontade na minha casa. Tem você demais aqui. Chegou ao fim. Essa agonia que me cala, me traça e me faz sua refém.
Não sou uma vagabunda, fui a sua, somente sua.

Mulheres que correm com os lobos




( Trecho do Livro " Mulheres que correm com os lobos" – Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem).Clarissa Pinkola Estes http://www.americanas.com.br/produto/158060/livros/psicologia/psicanalise/livro-mulheres-que-correm-com-os-lobos




"  ...
 
  Tudo que esta vivo precisa morrer para então renascer. Acho que cheguei a este ponto, o ponto de que para continuar vivendo eu preciso morrer. Morrer e escolher o que deve continuar morto, podendo assim renascer e escolher os próximos passos. Mas se deixar morrer não é assim tão simples, porque para isto preciso olhar para dentro de mim e encarar tudo que não gosto, tudo aquilo que me faz mal, toda aquela coisa cotidiana que no fundo eu uso para justificar o meu “não fazer”. Eu preciso achar a minha verdade.

Cheguei aquele ponto que não posso mais fingir que a porta não esta diante do meu nariz, o anseio de me libertar é maior, então eu preciso abri-la, preciso deixar de lado toda a ingenuidade que eu finjo não ter, toda imaturidade e preciso atravessar a e ver que não podemos maquiar as coisas para que nos pareçam menos terríveis e mais ajustadas.
Pode ser que não existam respostas corretas, mas com certeza existem as perguntas certas! E esta é aquela que se faz impossível não ver a realidade da vida (da sua) escancarada. O que eu sei de mim que preferia não saber? O que tem atrás da porta? O que de mim preciso deixar morrer e o que preciso resgatar?
Como eu disse, não tenho a resposta (ainda) e isto não importa, o importante é que, enfim, eu estou a atravessar a minha porta. Posso não saber o caminho que farei, mas saber onde quero chegar já é metade do caminho.

É impossível esperar que alguém me compreenda sem antes eu me compreender. Sinto que vai ser uma viagem e tanto!"
 
 
 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PORNOGRÁFICA

(TEXTO EXTRAÍDO DO BLOG: "AFETO LITERÁRIO" DA AUTORA LETÍCIA PALMEIRA)




"Talvez tivesse desejado confiar todas aquelas coisas a alguém. Mas como contar um mal-estar inacessível, que muda de aspecto como as nuvens, que redemoinha como o vento? Faltavam-lhe as palavras, a ocasião e a ousadia."

 
(Flaubert, in Madame Bovary)



Estou lúcida, limiar, plebeia de refinados modos e recito ao falo que me preserva à sede intacta ainda que me fuja o desejo esganiçado por amor. Preciso conversar a respeito de qualquer assunto que não seja o superficial objeto que gira estrangulado na boca dos comuns. Preciso respirar outro ar que não seja o ar das ruas trafegadas por pés que sobem e descem escadas ou morrem atropelados pelas horas destinadas a nos matar. Preciso me comunicar de forma instantânea, mas que o instante perdure por mais de uma semana, visto que eu preciso sobreviver a mim. Estou sufocada pelo falso calor humano despejado em minha caixa de e-mails. Preciso de uma bebida forte que não aquela do bar de ontem que me fez tombar aquática e nua na imperfeição de um corpo masculino que não me atingiu de orgasmos e sequer chegou perto de me penetrar de abuso, se fosse estupro, ah, se fosse paixão. Preciso me politizar e saber mais a respeito das mortes que parecem não existir enquanto arqueja seu pequeno esqueleto o grilo que botei de castigo dentro de minha cabeça desde que nasci. Preciso de emergência, de urgências, de pressa nas coisas mais calmas e, por favor, não me atraque o navio de minhas dúvidas com citações retiradas de livros que eu já li. Farte-me em nova atitude que nada seja semelhante a minha, tão século vinte, tão antepassado algum. Farte-me de senhoras palavras que, ora dizem tudo, ora escondem-se subjetivas de tão tímidas que estão. Eu ando sempre equilibrada em bandos e sofro de pavor de ir à cozinha porque há ratos até mesmo nas casas mais limpas. Farte-me o umbigo de meu rei que move a cabeça negativamente sempre que dizem amém os crentes fajutos vestidos de cetim em porta de templos. Farte-me de decência para que eu possa trabalhar e entender que é preciso que eu continue porque, sem mim, o mundo estanca e convença-me disto, pois, do contrário, serei a mais puta das viventes e serei decadente em clara fisionomia caminhando por este mundo sem nome próprio, sem reservas e sem proteção que não seja a borracha que rompe o que já fora rasgado desde os primeiros anos que me vivenciei. Seja meu ouvinte ou hóspede leitor ou amante e venha à minha cama e faça-me de quatro o que por anos pratiquei de forma romântica escondendo gritos em furos de lençóis. Faça-me pornográfica já que não posso sibilar ingenuidade, pois minha alma não fora castrada ao tempo certo e hoje desejo incendiar cidades inteiras em busca de alguém que não seja o fraco que abandona a febre para unir-se à mulher que pensa em flores e veste adequadamente sua vida raquítica de sensações. Que morra o homem que não ouviu o estampido de meus gritos e partia minha vida em centenas de necessidades que agora me enfartam extraordinária fêmea cheia de contemplações. Farte-me a vida, a ida e a sorte de minhas rainhas invertidas e despreocupadas amaldiçoando leituras de tarô. Faça algo estúpido ou escandalosamente sujo ou impróprio ou pecaminoso que já não posso viver com esse gosto humano de quem goza dias vivendo uma vida que não se sabe regida ou se entregue às perseguições. Farte-me até os talos de minha seiva que desejo o contrário do clássico rubor das meninas que desistem da guerra, casam-se e tornam-se estéreis de qualquer vontade e, abobalhadas, fazem compras ou classificam seus filhos de acordo com a família que as degenerou. Não me faça humana. Construa-me monstruosa, Afrodite Escatológica, e me faça amar de grosso afeto qualquer mísero inseto que sobrevoe minhas marcas de um futuro que está por tempos incerto. Faça-me sangrar e devora-me em dor ou então abandone-me aos vícios para que eu me transforme em qualquer outra espécie que arca mentiras, defende hipocrisias e chora silenciosa encalacrada de rancor.











quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ato Primário

(TEXTO EXTRAÍDO DO BLOG: "AFETO LITERÁRIO" DA AUTORA LETÍCIA PALMEIRA)

Eu deixo registrado o meu sincero agradecimento a querida Letícia Palmeira do Blog: Afeto Literário, pela generosidade em me emprestar o seu texto, pois me identifiquei e muito com ele e no que estou vivendo neste momento,  Espero que apreciem, assim como eu.
Letícia, meus sinceros agradecimentos e obrigada pelo seu talento!

O corpo dele murcha após o ato. Velho teatro nosso. Eu aprendi a converter mentiras. Acredito que você me ame tanto quanto ama seus carros em miniatura. Vou à cozinha e estanco na frente da TV. Chico César diz que a indústria cobra do artista mais produção e menos qualidade. Lembro de seu corpo ainda impávido colosso sobre a cama. Será que ando cobrando demais? Cansada, ultrajada, apenas uma mulher beirando o limite da paciência. Farta. Estou farta e não me diga que sorri tranquilo seus dias comuns. Eu não acredito naquele que se diz feliz e relaxado, nunca estressado e também não acredito nos demais que defendem suas opiniões em tom de ironia. Não acredito na mulher que não trai. Mentirosas, em seus amores acuadas, são tão fulanas que me cansam. O retrato no criado mudo é gente de minha família. Você, murcho e ainda me querendo, fala de sua família também. Casei, descasei e não surto porque o tarja preta é tão forte que me fracassa. Você entende coisas pela metade porque vive tudo pela metade. Estou tentando viver a vida de outras pessoas há dias. Sou o vizinho, sou meu irmão, sou a cunhada e sou a simplista que ganha flores e acredita que o dia termine fechado em pacto de satisfação. Não há quem seja feliz sob efeito de rejeição. E o que rejeita? Meus medos, ansiedades e assisto Woody Allen para rir de minha própria cara. Sou vazia que nem me vejo no espelho. Trabalho em pleno sábado e chego em casa torta de tanto fingir alegria. Grande parte da população sofre sem motivo. Mulheres competem por homens em imensas filas de mão única. Eu não sou grande parte da população. Sou pequena. Nunca serei única. E dor maior é saber que igual a você há mais de milhares. Suas ideias geniais são as mesmas ideias geniais que passam pelas cabeças de todos os outros. Não ser novidade é ruim. Leio filosofia, leio jornal, sinto arrepios quando penso em sexo, mas calo. Ninguém gosta de compartilhar verdade. O bom é ter rede social e espalhar vitalidade, exibir fotos de passeios, sorrisos e ficar de lá pra cá vendo quem engordou, enfartou ou teve seu comentário difundido. Deito ao seu lado e assumo minha postura bestial. De boca calada, escancarada em pura vontade, aconteço ao ato primário. Eu acasalo enquanto pessoas gozam ao vazio manifesto de suas verdades cheias de defeitos de fabricação.
Beijos no coração.

O Mundo Mágico de Escher

Boa Pedida para este feriado, Eu vou e você??
As obras lúdicas e interativas são fantásticas....!
Confira.



O Mundo Mágico de Escher


19 Abr a 17 Jul

Local: Subsolo, térreo, 1º, 2º e 3º andares
CCBB SP

Horário: Terça a domingo

A mostra reúne 94 obras, entre gravuras originais e desenhos, incluindo todos os trabalhos mais conhecidos do artista. Escher ficou mundialmente conhecido por representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano e explorações do infinito. Escher foi um gênio da imaginação lúdica e um artesão habilidoso nas artes gráficas, mas a chave para muitos dos seus efeitos surpreendentes é a matemática, utilizada de uma forma intuitiva. A exposição mostra de forma analítica o desenvolvimento da obra gráfica do Escher em uma carreira de mais de 50 anos. Além disso, a exposição evidencia os efeitos de alguns fenômenos de espelhamento, perspectiva e matemática em diversas instalações interativas e lúdicas, além de um filme em 3D.






SERVIÇO




Data: 19 de abril a 17 de julho de 2011

Horário: Terça a domingo, das 09h às 20h

Local: Subsolo, térreo, 1º, 2º e 3º andares

Classificação indicativa: Livre

Entrada Franca

Visita mediada: das 9h às 19h

M. C. Escher


(1898 - 1970)



Quem foi Escher?






Mauritus Cornelis Escher, nasceu em Leeuwarden na Holanda em 1898, faleceu em 1970 e dedicou toda a sua vida às artes gráficas. Na sua juventude não foi um aluno brilhante, nem sequer manifestava grande interesse pelos estudos, mas os seus pais conseguiram convencê-lo a ingressar na Escola de Belas Artes de Haarlem para estudar arquitectura. Foi lá que conheceu o seu mestre, um professor de Artes Gráficas judeu de origem portuguesa, chamado Jesserum de Mesquita.



 

Com o professor Mesquita, Escher aprendeu muito, conheceu as técnicas de desenho e deixou-se fascinar pela arte da gravura. Este fascínio foi tão forte que levou Mauritus a abandonar a Arquitectura e a seguir as Artes Gráficas. Quando terminou os seus estudos, Escher decide viajar, conhecer o mundo! Passou por Espanha, Itália e fixou-se em Roma, onde se dedicou ao trabalho Gráfico. Mais tarde, por razões políticas muda-se para a Suíça, posteriormente para a Bélgica e em 1941 regressa ao seu país natal.




Estas passagens por diferentes sítios, por diferentes culturas, inspiraram a mente de Escher, nomeadamente a passagem por Alhambra, em Granada, onde conheceu os azulejos mouros. Este contacto com a arte árabe está na base do interesse e da paixão de Escher pela divisão regular do plano em figuras geométricas que se transfiguram, se repetem e reflectem, pelas pavimentações. Porém, no preenchimento de superfícies, Escher substituía as figuras abstracto-geométricas, usadas pelos árabes, por figuras concretas, perceptíveis e existentes na natureza, como pássaros, peixes, pessoas, répteis, etc.




OUTRA DICA IMPERDÍVEL PRÁ QUEM FICA NA CIDADE!


Cabaré Luxúria

Tango e Perfume

19 Abr a 2 Jun

Local: Teatro
CCBB SP

Horário: Terça a quinta, às 19h30

Bem-vindos ao Cabaré Luxúria, onde todos são convidados a fazer uma jornada pelo inferno, purgatório e paraíso do amor. Nessa história, uma trupe teatral se vê diante da chegada de uma nova integrante que traz o desequilíbrio, provocando desejo, traição e perigo. As músicas, em estilo Cabaret e Tango, são interpretadas por uma orquestra exclusivamente feminina e costuradas com poemas, cenas, intervenções com o público e pequenas anedotas satíricas.







Com Rachel Ripani, Rosi Campos, Bruno Perillo e a orquestra feminina “Tango e Perfume” formada por Moema Lima, Vivianne Franco, Fabiana Fonseca, Camila Bonfim e Joyce Pasti. Direção de Bruno Perillo e Helen Helene e direção musical de Pedro Paulo Bogossian.






SERVIÇO



Data: 19 de abril a 2 de junho

Horário: Terça a quinta, às 19h30

Local: Teatro
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro

Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada)

Bilheteria/Informações: Terça a domingo, das 10h às 20h
Telefones: (11) 3113-3651/52

Classificação indicativa: 16 anos

Consulte a bilheteria sobre a disponibidade de ingressos