terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Chuva não pára em São Paulo


O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, retirou a cidade de São Paulo do estado de atenção às 18h45 desta segunda-feira (25). Apesar de a chuva diminuir de intensidade, a previsão é que chova até a madrugada.

As primeiras regiões a entrar em estado de atenção foram a Sul, a Oeste e a Marginal Pinheiros, às 12h55. Os outros pontos entraram nessa situação às 14h, inclusive a Marginal Tietê. Durante a noite e início de madrugada, nuvens carregadas podem causar chuvas de pequena e média intensidade durante a noite e a madrugada de terça-feira (26).

O temporal também causou problemas na Grande São Paulo. Às 16h30, um grande ponto de alagamento impedia a passagem no km 283 da Rodovia Régis Bittencourt. A concessionária que administra a estrada informou que, às 18h30 desta segunda, a pista sentido São Paulo foi liberada ao tráfego, em Embu, Grande São Paulo. Apesar do fim do bloqueio, o congestionamento no local era de 19 km.
Por causa do trânsito intenso, as vias da praça de pedágio de São Lourenço da Serra, no km 299 da Régis chegaram a fechar, mas a concessionária Autopista Régis Bittencourt informou que a passagem ali já havia sido liberada também. Segundo a Autopista, houve uma primeira interdição por causa do sério ponto de alagamento às 13h30.

A chuva forte também complicou a vida de quem pegou a Via Dutra, que ficou fechada por 45 minutos nos dois sentidos por causa de alagamento no km 217, em Guarulhos, na região metropolitana. As pistas foram liberadas apenas às 16h15. Na Rodovia Fernão Dias, houve um ponto de alagamento no km 52, em Mairiporã.

A chuva que atinge a cidade de São Paulo no início da tarde desta segunda, marca o 34º dia seguido de precipitação na capital, segundo o CGE. O centro tem 31 pontos de medição e registra chuva todos os dias em algum ponto da capital desde 23 de dezembro.
Segundo o meteorologista do CGE Adilson Nazário, já choveu em janeiro o equivalente a 361,9 milímetros, 51,4% acima da média esperada para todo o mês. Em 15 anos de medições do CGE, este é o janeiro mais chuvoso. Até então, o janeiro de maior precipitação tinha sido o 1996, quando choveu o equivalente a 318,8 milímetros.

Com tanta chuva, a Grande São Paulo tem sido palco de tragédias quase todos os dias. Só na quinta-feira (21), nove pessoas morreram soterradas, três delas no Grajaú, na Zona Sul. No sábado (23), um soterramento no Jardim Celeste, na região do Butantã, Zona Oeste, deixou mais um morto.
Além disso, os túneis da cidade têm sido fechados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) por causa de enchente ou por prevenção. Na semana passada, com problemas nas bombas, o Túnel Tribunal de Justiça, na Zona Sul, ficou fechado por mais de 30 horas. Houve interdição ainda no Túnel Ayrton Senna, na Zona Sul, e no Anhangabaú, no Centro.

Também na quinta-feira, os rios Tietê e Pinheiros transbordaram, travando o trânsito nas marginais. O Córrego do Ipiranga, que tinha tomado as pistas da Avenida Abraão de Morais, na Zona Sul, na quinta-feira, voltou a transbordar neste fim de semana.

Na madrugada desta segunda, após chuva forte, a queda de um barranco em Carapicuíba, na Grande São Paulo, causou o desabamento de 17 casas e a interdição de outros 40 imóveis.



Chuva faz surgir novo buraco na Av. 9 de Julho



O buraco interdita duas faixas no sentido Centro na altura do número 585.


No início do mês, temporal já havia provocado uma cratera na via.
A chuva que atingiu a cidade de São Paulo no domingo (24) provocou o surgimento de um buraco na Avenida Nove de Julho, na altura do número 585 da avenida, no sentido Centro. O problema gera interdição de duas faixas da direita da via no sentido Centro.
O buraco fica perto de um outro que surgiu, dia 4 deste mês, na mesma avenida, entre o Viaduto Martinho Prado e a Ligação Leste-Oeste, também no sentido Centro. No começo do mês, o buraco foi causado depois que uma galeria pluvial cedeu por causa da forte chuva que atingiu a cidade.



Equipes da Subprefeitura da Sé trabalhavam na tarde desta terça-feira (5) para tapar uma cratera aberta na Avenida Nove de Julho após o temporal que atingiu São Paulo na segunda (4). Uma galeria pluvial cedeu por conta da chuva. O trabalho deve terminar até o fim de semana, segundo a subprefeitura (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)


A interdição ocorre na altura do Viaduto Martinho Prado e os veículos só conseguem passar pelo local pela faixa exclusiva para ônibus. Para evitar a região, os motoristas podem acessar um desvio montado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), pelas ruas Manoel Dutra, Major Diogo, Santo Antônio, Praça da Bandeira e Corredor Norte-Sul (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)



Com tudo isso, que estamos vendo fica difícil chegar ou partir de algum lugar de São Paulo, a cidade está um caos...Fica impossível ter horário para chegar em qualquer destino, e tomar chuva é algo que faz parte do dia a dia, pois não há guarda chuva que dê conta de tanta água.
São Pedro nos protega!

domingo, 24 de janeiro de 2010

456 anos de São Paulo - fotos antigas da cidade!


"São oito* milhões de habitantes

De todo canto em ação

Que se agridem cortezmente

Morrendo a todo vapor

E amando com todo ódio

Se odeiam com todo amor"

São, São Paulo - Tom Zé.

São Paulo. A mais séria, lânguida e melancólica cidade brasileira, que também é a mais agitada, viva e dinâmica. É só um dos muitos paradoxos desse 'avesso do avesso do avesso' que é a capital paulista, que não tem o padrão de beleza que uma metróple como ela deveria ter. "É que Narciso acha feio o que não é espelho" já diz o hino da cidade.


A Locomotiva do Brasil nasceu com um humilde colégio jesúita. Possivelmente, uma das únicas do mundo a ter se originado numa escola. Longos três séculos e meio se passaram até a cidade começar a se desenvolver, graças ao café, já que São Paulo se localizava bem no meio do percurso Café - Porto de Santos, o que lhe rendeu uma enorme e lustrosa estação, onde desembarcaram milhares de imigrantes. Imigrantes esses que trataram de agigantar sua população, transformando a fria e chuvosa Terra da Garoa na metróple que mais esquentou nos últimos 100 anos, na cidade que mais cresceu durante o século XX, na Capital Gastronômica do planeta - oficialmente.

Talvez esta seja a única grande cidade verdadeiramente cosmopolita. Estima-se que São Paulo seja a terceira maior cidade italiana do mundo, a maior cidade japonesa fora do Japão, a terceira maior cidade libanesa fora do Líbano, a maior cidade portuguesa fora de Portugal e a maior cidade espanhola fora da Espanha (sem contar as grandes cidades latino-americanas colonizadas por espanhóis). Aqui não se formaram guetos como em NY ou Londres. As mais diversas pessoas se misturaram. Se misturaram tanto que São Paulo não tem cara nem caráter definidos. É a síntese do mundo, bonita e feia, rica e miserável, diversa e controversa, mas sempre grande. Pode soar pretencioso para uma "metropolizinha de terceiro mundo", mas este planeta é predominatemente pobre. Logo, é nesta pobre rica cidade em que o mundo é mundo.

A cidade que sozinha é mais rica que muito país também carrega seus fardos e defeitos. Muitos aliás. Mas que não tiram seu brilho. Tão caótica e desvairada cidade que é. É fascinante, maravilhosa, amedrontadora e acolhedora. A São Paulo que não pode parar (nunca!) sofreu as maiores mudanças que uma cidade pode sofrer. E é nela, na mutuamente magnífica e pavorosa Paulicéia onde a Terra reflete suas várias personalidades. Bem vindos a São Paulo! Bem vindos, enfim, ao Mundo!



Homenagem aos 452 anos da mais mutante das cidades: "São Paulo - Da Monotonia da Vila de Piratininga ao Caos da Metrópole"


Brasão da cidade de São Paulo, com os dizeres "Non Dvcor Dvco" - "Não Sou Conduzido, Conduzo" em latim



A Primeira Missa de São Paulo de Piratininga, realizada pelos padres jesuítas José de Anchieta (espanhol) e Manoel da Nóbrega (português), em 25 de Janeiro de 1554.




1862 -O Pátio do Colégio, onde tudo começou:







Vale do Anhangabaú, que em Tupi significa "Bebedouro dos demônios":




"Parques do Anhangabaú nos fogaréus da aurora...

Oh larguezas dos meus intinerários...

Estátuas de bronze nu correndo eternamente,

num parado desdém pelas velocidades... "

Mário de Andrade

1890:

Algumas Fotos de São Paulo