quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


" Não aprendi á dizer adeus as pessoas que amo... As pessoas de bom coração, de caráter exemplar, hulmides de coração, amigos ou anjos que nos cuidam, nos ajudam e nem sabem o quanto nos são queridos... O quanto vão fazer falta, o quanto vamos sentir saudade!
Saudades de você Antônio... Do tanto que você foi um ser humano maravilhoso! Hoje, o céu deve estar cheio de flores para poder te receber.... Lembrarei sempre do seu sorriso lindo e doce!
Amigo querido, você faz falta! Descanse em paz e fique na luz!
Que Deus lhe receba!!"

Aprender a Ver Aprender a ver - habituar os olhos à calma, à paciência, ao deixar-que-as-coisas-se-aproximem-de-nós; aprender a adiar o juízo, a rodear e a abarcar o caso particular a partir de todos os lados. Este é o primeiro ensino preliminar para o espírito: não reagir imediatamente a um estímulo, mas sim controlar os instintos que põem obstáculos, que isolam. Aprender a ver, tal como eu o entendo, é já quase o que o modo afilosófico de falar denomina vontade forte: o essencial nisto é, precisamente, o poder não «querer», o poder diferir a decisão. Toda a não-espiritualidade, toda a vulgaridade descansa na incapacidade de opor resistência a um estímulo — tem que se reagir, seguem-se todos os impulsos. Em muitos casos esse ter que é já doença, decadência, sintoma de esgotamento, — quase tudo o que a rudeza afilosófica designa com o nome de «vício» é apenas essa incapacidade fisiológica de não reagir. — Uma aplicação prática do ter-aprendido-a-ver: enquanto discente em geral, chegar-se-á a ser lento, desconfiado, teimoso. Ao estranho, ao novo de qualquer espécie deixar-se-o-á aproximar-se com uma tranquilidade hostil, — afasta-se dele a mão. O ter abertas todas as portas, o servil abrir a boca perante todo o facto pequeno, o estar sempre disposto a meter-se, a lançar-se de um salto para dentro de outros homens e outras coisas, em suma, a famosa «objectividade» moderna é mau gosto, é algo não-aristocrático par excellence.




Friedrich Nietzsche, in "Crepúsculo dos Ídolos"